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Chiclete e pós operatório

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Goma de mascar no pós-operatório após cirurgia laparoscópica ginecológica: um estudo controlado randomizado
 
O objetivo deste estudo, publicado no Obstetrics and Gynecology, foi investigar o efeito da goma de mascar no pós-operatório sobre a motilidade intestinal após cirurgia ginecológica laparoscópica.
 
Neste estudo randomizado controlado, os pacientes foram alocados ou para goma de mascar no pós-operatório a cada 2 horas, por 15 minutos, ou para cuidados pós-operatórios padrão sem goma de mascar. Desfechos primários do estudo foram tempo para primeiros ruídos intestinais regulares, e tempo para a primeira passagem de flatos após a cirurgia. Os desfechos secundários foram tempo de operação até a primeira defecação, satisfação do paciente em relação à goma de mascar pós-operatória, potenciais efeitos colaterais da goma de mascar pós-operatória e potencial efeito da goma de mascar no tratamento da dor pós-operatória.
 
Cento e setenta e nove pacientes foram incluídos neste estudo. Foi encontrado um intervalo significativamente menor entre a cirurgia e a passagem dos primeiros flatos no grupo de intervenção em comparação com o grupo controle (média de 6,2 horas em comparação com 8,1 horas, P = 0,002) e uma taxa significativamente maior de ruídos intestinais regulares 3 horas (76% em comparação com 47%, p <0,001) e 5 horas (91% em comparação com 78%, P = 0,01) após a cirurgia. Menos analgésicos opióides foram administrados a pacientes alocados para o grupo de intervenção (P = 0,02). Não houve diferença significativa no tempo para a primeira defecação entre os dois grupos (média de 26,3 horas em comparação com 29,0 horas, p = 0,165). Goma de mascar foi bem tolerada e bem aceita pelos pacientes, e não foram observados efeitos colaterais relacionados com a intervenção.
 
Os autores concluíram que goma de mascar parece ter efeitos benéficos sobre a motilidade intestinal quando utilizada como um tratamento coadjuvante no tratamento pós-operatório de cirurgia minimamente invasiva. Goma de mascar deve ser recomendada aos pacientes após cirurgia laparoscópica ginecológica.
 
 
Autores: Husslein H; Franz M; Gutschi M; Worda C; Polterauer S; Leipold H.
 

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